O universo de Parkinson
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Este neurotransmissor está encarregue de transmistir sinais, a partir da substância negra, para outras regiões cerebrais designadamente o caudado, o putamen e o globus pallidus (globo pálido), os quais constituem uma estrutura denominada gânglios basais localizada no estriado. Os gânglios basais são responsáveis pela manutenção do movimento, equilíbrio e coordenação.
O que é a doença de Parkinson?
A doença de Parkinson é uma afeção neurodegenerativa crónica, progressiva e de natureza idiopática (desconhecida) causada pela morte precoce, atípica e incessante das células do núcleo da substantia nigra (substância negra) presente no mesencéfalo.
As células presentes na substância negra denominam-se neurónios dopaminérgicos, ou seja neurónios produtores de dopamina. Muitos dos pacientes com esta doença perdem, eventualmente, cerca de 80% dos neurónios produtores de dopamina. A dopamina é um neurotransmissor importante no controlo dos movimentos corporais e musculares, sendo que a sua perda desencadeia uma grande diversidade de sintomas motores presentes na doença de Parkinson, tais como o tremor, a rigidez muscular, a lentificação dos movimentos e o comprometimento do equilíbrio.
A causa subjacente à degeneração dos neurónios da substância negra permanece desconhecida, todavia, os investigadores identificaram a presença de corpos de Lewy no interior dos neurónios produtores de dopamina. Estes corpos traduzem-se como sendo aglomerados densos com fibras nervosas que contém alfa-sinucleína e outras proteinas. A acumulação desta proteína, em particular, nas fibras nervosas, pode interferir com a transmissão de sinais nervosos ou outras funções neuronais importantes.
O que acontece na doença de Parkinson
Existe atualmente alguma causa específica implicada no seu aparecimento?
Os três fatores de risco principais que podemos destacar são a idade, a genética e a exposição a tóxicos ambientais. Note-se que a idade é o fator de risco mais implicado no desenvolvimento da doença de Parkinson. Os indivíduos tendem a manifestar a doença a partir da 3ª idade, sendo que o risco de aparecimento da doença aumenta ao longo do tempo devido ao declínio natural de dopamina.
Quais os principais fatores de risco?
NOTA: Para encontrar mais informações sobre a doença de Parkinson consulte www.parkinson.pt e www.parkinson.org .
Referências Bibliográficas:
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Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson. (2009). Manual do cuidador para doentes com doença de Parkinson. Lisboa, Portugal.
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Gouveia, E. J. (2008). As Alterações Cognitivas na Doença de Parkinson: Défice Cognitivo, Demência e Aspectos Neuropsiquiátricos Associados. (Dissertação de Mestrado) Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, Covilhã.
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Souza, C. F. M., Almeida, H. C. P., Sousa, J. B., Costa, P. H., Silveira, Y. S. S., & Bezerra, J. C. L. (2011). A doença de Parkinson e o processo de envelhecimento motor uma revisão de literatura. Rev Neurocienc, 19(4), 718-23.
Discentes: Diogo Mendonça, Dinis Martins, Helena Andrade, Joana Câmara, Marta Fernandes e Sofia Santos.
Produção de dopamina no Parkinson |
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Doença de Parkinson |
Gânglios da base |
Substância negra no Parkinson |
Substância negraEsta fotografia ilustra a comparação entre as substâncias negras do mesencéfalo de um cérebro normal e de um cérebro com parkinson. |