A doença de Parkinson  tem um impacto negativo acentuado na qualidade de vida  dos doentes. Dada a sua natureza crónica e degenerativa, esta doença compromete os domínios associados à mobilidade, à autosuficiência e autonomia,à prestação de cuidados higiénicos e alimentares, à participação em atividades de caráter social, ao funcionamento físico, psicológico e social, ao desconforto corporal, à dor e ao bem-estar emocional. Investigações recentes demonstraram que os indivíduos com doenças neurológicas progressivas apresentam níveis superiores de humor negativo a par de uma qualidade de vida assaz reduzida. Os sintomas depressivos são fatores preditores da qualidade de vida dos doentes com parkinson

 

Existem vários instrumentos que permitem avaliar a qualidade de vida em indivíduos com doença de Parkinson, sendo que o PDQ-39 tem sido considerado o instrumento mais adequado para esse fim. Este questionário, tal como o próprio nome indica, é composto por 39 itens cujas respostas vão desde “nunca”, “de vez em quando”, “às vezes”, “frequentemente”, “sempre” até “é impossível para mim” e está dividido em oito dimensões:

Mobilidade (10 itens);

Atividades de Vida Diária (6 itens);

Bem Estar Emocional (6 itens);

Estigma (4 itens);

Apoio Social (3 itens);

Cognição (4 itens);

Comunicação (3 itens);

Desconforto Corporal (3 itens).

 

Os resultados obtidos neste questionário ajudam a que se desenvolvam programas de reabilitação mais adequados que visem a promoção da qualidade de vida destes doentes.